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Resido em Curitiba, e é comum ver, nas muitas esquinas desta cidade, pessoas fazendo coisas diversas para conseguir algumas moedas. Alguns estão sorridentes e são amáveis, outros parecem entediados e desesperançados.

Todos estão, porém, absolutamente carentes de um segundo de sua atenção, carentes de solidariedade, carentes de um sorriso que nunca custa nada, mas sempre alivia o sofrimento desses seres humanos marginalizados pela sociedade Homo sapiens.

Nas salas de escritórios finamente decorados, outras pessoas com as quais interajo, percebo que agem mecanicamente, quase sempre insensíveis ao que ocorre à sua volta, mas visivelmente carentes de um gesto de carinho, de um gesto amistoso. Todos desejam mais amor em suas vidas.

Invariavelmente, quando presencio estas cenas, recordo que a maior tragédia de qualquer ser humano é viver uma vida sem propósito. E sempre reflito que se não entendermos qual é o nosso desígnio, qual o nosso papel a desempenhar nesta vida, nunca entenderemos a razão de não sermos felizes.

Quem sou eu? Que faço aqui? Na primeira carta de Paulo aos Coríntios, cap.14, versículos 14 a 16, está escrito que o homem natural, isto é, aquele que atende os desejos de sua carne, não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque é loucura; não as entende, porque elas se discernem espiritualmente. Ou seja, na forma natural, elas não são explicáveis. Porém, o homem espiritual, isto é, aquele que possui o Espírito de Deus, julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém.

Quem conhece a mente do senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo. Ou seja, pensamos como Ele.

Ser cristão significa ser um pequeno Cristo, e ser salvo não depende de nenhuma religião, ou seita, ou o que você imaginar. Ser salvo depende exclusivamente de crer em Jesus, e de pautar sua vida nos ensinamentos que Ele nos deixou. Só este nome salva!

Por isso, questiono: Você é um homem natural ou um homem espiritual? Homens naturais não vivem no reino de Deus, e fazer parte do reino de Deus deve ser o objetivo de todo cristão. Precisamos fixar residência no reino de Deus, e só conseguiremos isso se formos filhos de Deus.

Ser filho de Deus implica necessariamente em sermos guiados pelo Espírito, e isto não é tarefa fácil, porque nossa alma é híbrida, uma hora está no Espírito e outra hora está na carne. E temos livre arbítrio para atendermos os reclames de nossa alma.

O pecado é gostoso demais e nos tenta avassaladoramente. Nossa alma (sentimentos, desejos, emoções) clama por prazeres, facilidades, comodismos, luxúria, preguiça, soberba, orgulho, pela vantagem sobre outrem, e isso é só o que o inimigo quer. Seduzir-nos para nos roubar, nos matar e nos destruir.

Ao vivermos em Espírito, estamos libertos de todas estas armadilhas, mas é preciso estar atento e vigiar constantemente, porque vivemos em constante batalha espiritual.

Em minhas muitas reflexões, sei que a humanidade está vivendo o melhor momento da história de todos os séculos. Isto porque nós viveremos o arrebatamento, e o propósito de estarmos aqui é ganhar vidas para Jesus através de nosso exemplo e de nossos esforços em discipular e evangelizar.

Em Filipenses 4:13, lemos: “Tudo posso naquele que me fortalece.”

E em João, capítulo 15, sou informado que Deus é como o agricultor (dá a vida, cuida, protege), Jesus é a videira e eu sou um ramo. Ora, vamos ser sábios e permaneçamos unidos a Deus, livres de todo o mal e de toda a escravidão do mundo.

Agindo assim, estaremos garantindo nosso passe para a Glória de Deus, conforme Filipenses 3:20 e 21. Leia. Vale a pena!

Com carinho,
João Antonio Pagliosa

João Antonio Pagliosa - Curitiba/PR

João Antonio Pagliosa é engenheiro agrônomo de Santa Catarina formado pela UFRJ, e especialista em Reflorestamento, Serviços Topográficos, Avaliações e Peritagens em temas agropecuários e florestais, Nutrição Animal, Armazenagem de grãos e Fabricação de rações, Palestras Técnicas e Motivacionais, Avicultura e Suinocultura. Atualmente é corretor de imóveis da Imobiliária Galvão e escritor com diversos artigos publicados em jornais do país.