11 / 04 / 12

Transformação

Imagem: Internet

Nos dias 09, 10 e 11 de março de 2007, após relutar um tempo excessivamente longo, participei do “Encontro com Deus” promovido pela Igreja Jesus Pão da Vida. Até então, era meio católico e meio evangélico. Muito do mundo.

Como homem do mundo, participei meio a contragosto, imaginando que seria mais um retiro espiritual num final de semana, onde conheceria várias pessoas, mas sem grandes alterações no cotidiano de minha vida futura.

Estava tremendamente enganado!

O que ouvi na noite de sexta-feira me deixou atônito, porque eu me sentia exatamente assim: um homem atribulado, inquieto, inseguro e com medo do amanhã. Percebia que o mercado de trabalho nega oportunidades a “velhos” e isso me inquietava muito.

Embora possuísse uma sólida experiência profissional, não conseguia um trabalho a altura de minha capacidade e isso machucava muito a minha alma. Olhava em volta à procura de socorro, e o socorro não vinha. De lado nenhum.

Contatei muitos amigos, solicitando oportunidade de trabalho, e nunca fui atendido. Atravessava um deserto brabo!

Fui dormir cheio de dúvidas em minha cabeça e indagava: “Por que, com tudo que sei, com toda a experiência profissional que possuo, não consigo um trabalho digno?”

E dormi pensando: “Eu não estou seguindo a Jesus como Ele deseja. Eu não sou guiado pelo Espírito de Deus; ao contrário, eu é que me guio e atendo as concupiscências de minha carne. Sou na real, um hedonista, logo não posso ser abençoado, pois estou cheio de pecados.”

Pensei: “Já estou com 58 anos e farei 59 no próximo outubro/2007 e, caramba, já apanhei muito. Já sofri muito e quero ter uma vida plena de felicidade… Não quero mais sofrer.”

Já fora um homem bem-sucedido, mas nunca havia, de fato, sido realmente feliz. Realizara grandes projetos, mas na época desconhecia que sem Deus, nenhum projeto se sustenta. Hoje, sei que tudo é muito fugaz, sem Deus.

No sábado, como é meu hábito há muito tempo, pulei da cama às cinco horas da manhã. Saí em silêncio, porque havia cerca de 15 encontristas naquele dormitório e todos dormiam profundamente, porque tínhamos ido deitar bem tarde. Então comecei uma caminhada pela chácara Tempero da Serra, localizada em Piraquara, PR, e ainda estava bastante escuro, mas sentia uma paz imensa; e enquanto andava, refletindo e pensando em Deus, deparei-me com uma placa, há menos de um metro do solo, e dizia: “Senhor, fazei-me instrumento de sua paz”. Eu estava muito encantado com a beleza da natureza que me cercava, e me emocionei com o momento sublime que vivia e caí ajoelhado, e balbuciei: “Sim, Deus, faça-me seu instrumento. Que eu seja vaso de barro em suas mãos, use-me como quiseres, para que eu possa ser servo de tua obra, mas me oriente me dê sabedoria, porque sei que sou pó sem Ti.”

Então, de súbito, ouvi o trinar de uma ave quase em extinção. O som maravilhoso do cantar de um inhambu ecoou forte em meus ouvidos, e extasiado pela beleza do instante, pensei: A vida se renova. Como Deus é bom… Apesar da insensatez dos homens, a vida segue seu curso.

Continuei caminhando e orando e exaltando a Deus, e observando tudo a minha volta. A diversidade e exuberância da flora e da fauna da mata atlântica, cuja riqueza é enorme, e entendo pouco explorada pelo homem. Faltam leis sábias e sobram leis absurdas, e voltei para o centro da Bíblia: Não confie no homem. Salmos 118:8.

Subitamente, o aroma de café recém-preparado invade minhas narinas e consulto automaticamente o relógio: são sete horas da manhã de sábado. Duas horas se passaram como um átimo… Eu estivera mergulhado em Deus. Sentira a sua presença me tocando, ao meu lado, como um pai que fala ao filho as coisas que ele necessita ouvir… E eu agradecia e louvava e adorava e me sentia a pessoa mais feliz do planeta.

Estava, então, seguro que a partir daquele Encontro, eu seria um outro homem. Adeus, Jacó (homem enganador), e bem-vindo, Israel (príncipe de Deus). Porque, para nosso Deus misericordioso, não interessa o que nós fomos. A Deus interessa apenas o que somos e o que seremos no futuro. O que vale é deste momento em diante.

E você, caro leitor, quer o reino da glória ou o reino das trevas?  Se optar pelo primeiro (sinal de sabedoria), pegue a cruz de Cristo e o ajude a carregá-la. O fardo é leve se sua fé for grande.  Porém, se a sua incredulidade for grande, aí está danado. Você precisará de muita oração, muito sacrifício e muita persistência, porque, como diz meu querido Eliezer, a fé navega pelas palavras. Ore, clame, exalte, adore; sua fé irá aumentar e você se surpreenderá com as maravilhas de Deus em sua vida.

E a notícia auspiciosa: Deus não o abandona nunca, razão porque absolutamente tudo sempre tem solução. Só depende de você! Mas você precisa bater à sua porta!

Eu, João, fui transformado pelo amor de Jesus. Não foi fácil, confesso, mas busquei o entendimento, e, com suor e lágrimas, o conquistei. Sei que preciso continuar nesta caminhada, pois nunca entenderemos Deus como gostaríamos, mas andar segundo seus princípios é plena realização. É vida em abundância…

Clamo para que você também consiga esta transformação, mas é só o seu esforço que tornará isso possível. A luta é só sua… A glória será só sua.

Com carinho,
João Antonio Pagliosa

PS: O que o homem mais necessita é amor. Deus é amor. Deus busca adoradores e não Igrejas.  Nós somos a Igreja.

João Antonio Pagliosa - Curitiba/PR

João Antonio Pagliosa é engenheiro agrônomo de Santa Catarina formado pela UFRJ, e especialista em Reflorestamento, Serviços Topográficos, Avaliações e Peritagens em temas agropecuários e florestais, Nutrição Animal, Armazenagem de grãos e Fabricação de rações, Palestras Técnicas e Motivacionais, Avicultura e Suinocultura. Atualmente é corretor de imóveis da Imobiliária Galvão e escritor com diversos artigos publicados em jornais do país.

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