Vendedor de Versos II

Por José Carlos Paiva Bruno (OABRJ 73304)

Conto com desconto, feliz sonho virado verdade. Estrofes duma caminhada, brincadeiras em primeira rodada, empatia dum mercador de emoção. Saibam que meu avant-première está sendo tête-à-tête incrivelmente pessoal encontro de cabeças… Indescritível felicidade; realmente sinto-me mercador de emoção. Laborioso brincar com palavras em cinco anos, meticulosos cuidados buscando tom de resgate vocabular, de amor à língua portuguesa, em acordes humorados, por vezes ruborescidos, noutras selvagens declarados…

Busquei a melhor Editora, cuja erudição e profissionalismo confundiam-se aos meus desejos, explícitos melhores leitores, amores em cores, de damas das ruas às princesas das torres. Escores dum mendigo de letras, jamais alfarrábio, aprendiz sábio dedicado aos docentes brasileiros e demais. Letras comensais, brinde aos lusos ancestrais, sem esquecer os demais… Aprendi na busca do prefácio, em esnobes tácitos, até iluminação de verdadeira amiga, duma sensibilidade dama num chique incluindo até visão rapariga. Luz que abriga perenes Paracelso, Orígenes, Dante, Camões, Exupéry, Gibran, Vieiras e Bandeiras. Vento que nas cordas assobia daquele genial Castro Alves. Todo inspiração de minh’alma… Calma que é verdade, realmente está acontecendo…

Atafinda d’estrofes questionada por recente comprador, afinal não consta em alguns bons dicionários, metáfora descarada por escaques, aquelas casinhas do tabuleiro de xadrez. Desaforada denúncia, didática d’astúcia em ursinho de pelúcia, encerrada em ziriguidum da costela. Encontros reencontros, paixão de aquarela, destas e daquelas…

Amor de linhas e entrelinhas – apogeu felicidade vizinha em Cabaret – tiquetaqueadas em saga de beijo e queijo sinalagmático… Este e aquela pelúcia da Crônica vindoura, que seja breve seu nascimento… Assim fica meu sentimento, além da receita plantar árvore, fazer o filho e escrever o livro… Despautério de já posso morrer.  Verdade é que perenes são as linhas inclinadas rimas, por baixos ou cimas, bem definidas em Bruxo do Cosme Velho: o que conta é que saibamos amar, cada qual ao seu modo, ou colo… Ótima leitura e fantástico ano 2015.

Notícias