Prosélito
Por José Carlos Paiva Bruno – OABRJ 73304
Temos a palavra definida pelos judeus, atribuída aos estrangeiros que vinham habitar Israel, colocando-se sob a proteção do Senhor. Adotivos das regras de Noé. Concedia-se-lhes habitarem a Palestina, partilhando sua prosperidade, convertidos ao judaísmo. Também chamados prosélitos os adeptos noutras partes do globo, simples assim: esperança de vida eterna aos que mesmo não originalmente judeus, vivessem por ali de forma efetivamente civilizada.
Quase como o movimento Art déco, que sucedendo os rococós renascentistas da Art noveau, consegue – iniciado em 1910 – romper duas grandes guerras mundiais prevalecendo e contagiando internacionalmente. Exemplo próximo nosso Cristo Redentor, maior escultura representativa do movimento em cenário mundial. Beleza de linhas limpas, naturalmente construídas para que tenhamos nítida impressão de bem viver, espaços amplos como o Empire State em Nova Iorque, ou mesmo a Central do Brasil e o Palácio Capanema, que abriga nossa Biblioteca Nacional, ambos em Rio de Janeiro. Chamam atenção para uma época de grandeza das formas e do espírito.
Pergunto o que temos atualmente? Além do proselitismo político (aceito veladamente o batismo do mensalão ou não hay gobierno) contemporâneo, inspirador do terrorismo, onde violência desenfreada das farqs às facas. Apoiados na educação virtual? Na aprovação automática e neoliberalismo sexual? Ou transformação de mecanismos de ajuste – deveriam ser temporários – como Bolsa-família, em populismo eleitoreiro? Quiçá na atual inspiração de gestão pública, como bem estabelece Olavo de Carvalho. Para reconstrução do Nepal carecemos de US$ 7 bilhões. Considerando que o rombo de caixa só na Petrobras é de US$ 20 bilhões, logo temos que atual governo é mais devastador que um terremoto. Risos, mas é mesmo muito sério. Todo um cenário de esquerda governa; não um só partido, apoiado também em moderna religiosidade latina. Todo um cromaqui travestido de poder; saqueia a nação comprovadamente.
Quando Adam Smith escreveu A Riqueza das Nações – bíblia do capitalismo e base da democracia – considerou que o homem moderno só desenvolve-se na expectativa da riqueza. Cá pra nós, o que gera riqueza é riqueza, pobreza (lato sensu) só gera pobreza. Quando digo lato sensu, digo das várias pobrezas motrizes: moral, cívica e sócio-administrativa, pública ou privada. Onde iremos parar todos, caso não aconteça mudança de rumos… Nesta mesma atual arte, que afinal imita a vida! Lembro o Chico Anysio cantarolando: facas e canivetes para depois do amistoso…