Conversa de Mãe!

Por José Carlos Paiva Bruno – OABRJ 73304

Quando produtora do filho pergunta: Você está bem? Respondendo apenas “sim”, está instalada CPI. Por que a resposta singular? E por aí vai… Satisfação do caráter protetor maternal justifica a permanente postura inquisitória. Já que não entendemos a magia daquela permanente intuição protetora, que tem conosco incomparável intimidade filial. Vez que moramos ali dentro – na matriz – nove meses…

Observem o padrão da comunicação eficaz; por exemplo, quando somos convocados pelo nome completo, normalmente corresponde ao receio travessura, ou prorrogamos o recreio por conta própria na apresentação do boletim escolar. O que mudou foram os necessários pedagógicos castigos.

Haroldo do Calvin (Imagem: Internet)

Anteriormente: suspensos futebol e voleibol esta semana, cinema e bicicleta cortados até sair o vermelhinho da caderneta.

Atualmente: não tem videogame esta semana, pode esquecer o facebook e confiscado o smartphone, até eu dar F5 no site do colégio e ver seu novo desempenho.

Reação anterior: sim senhora; vou esforçar-me na recuperação, pode confiar.

Reação atual: to nem aí, minha aprovação é automática desde abertura política, não ameaça não que vou ao Conselho Tutelar!

Conversava nesta semana com amigo lá na fábrica, no intervalo do almoço. Ele mais jovem, talvez uns vinte anos menos subtraindo dos cinquenta deste relator. Coleguinha de escola do seu filho arrumou briga por lá. Professora que certamente acompanhando de per si, deveria encaminhar ao Orientador (atual Mediador, mais compatível com idolatria das madrugadas UFC). Para que se apurassem as circunstâncias, então tratando as punições necessárias à dupla ou sermões cabíveis. Sempre tratando oportunidade pedagógica para aproveitamento da educação escolar, e seu desdobramento cívico. Pasmem, puniu coletivamente a turminha dizendo que modernamente é assim mesmo. Perderam todos, o tempinho de recreação na espera dos pais ao final da jornada diária, cabendo-lhes aguardar em sala (naquela semana). Talvez seja o novo método confortável impessoal, livrando nossos professores de possíveis acusações fomento bullying ou denúncias ao atuante Conselho. Cabe ao meu amigo ou sua esposa convencerem Colégio, que absolutamente não concordam com a punição do filho inocente, em razão da falha disciplinar de outrem…

Creio pela alienação atual, que a saudável mãe, esposa do colega ao conversar, seja voto vencido em contestação oportuna na próxima reunião de pais da escola. Em tempo, atenção mães do panelaço: se queremos políticos melhores amanhã, precisamos desesperadamente hoje de filhos melhores. Digo isto com todo respeito e responsabilidade ao eleitorado feminino, que hoje é o maior com 51,95% dos votantes nacionais… Fato que talvez explique dupla vitória da Presidenta!

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