A importância da vacinação e o negacionismo que só trouxe mortes
Em seu artigo, Moraes reflete sobre a importância da vacinação em massa da população brasileira diante de uma epidemia que assola o mundo
Por Thiago de Moraes*
A importância da vacinação e o negacionismo que só trouxe mortes
A pandemia do coronavírus provocou inúmeras mudanças no cenário mundial. Em razão da alta taxa de contágio e letalidade do vírus, foi necessário o isolamento social, o que gerou mudanças drásticas e repentinas, como fechamento de comércios, desemprego, quadros de depressão. Além disso, o vírus provocou diversas mortes.
De acordo com dados atualizados no dia 03 (três) de agosto de 2021, divulgados no Painel Geral do Coronavírus, disponibilizado pelo Governo, o número de óbitos confirmados pelo vírus apresentava o número de 558.432. Mas não são apenas números: diversas vidas foram perdidas, diversas famílias foram destruídas, sonhos foram interrompidos.
A esperança de dias melhores veio com o anúncio da vacina. Entretanto, o Brasil se deparou com um discurso negacionista do Presidente da República, autoridade que deveria incentivar e propagar notícias verdadeiras, com bases científicas consolidadas. Diante de um contexto de crise, instabilidade e incertezas, o discurso negacionista alcançou diversos brasileiros, que acreditaram no discurso do Presidente, e passaram a apresentar resistência à vacina, além de se automedicarem com remédios sem qualquer comprovação de eficácia contra o vírus.
Com isso, o cenário se agravou no país. Enquanto em outros países a vacinação já havia se iniciado, o Presidente da República mantinha seu discurso negacionista, bem como continuava a propagar Fake News, como notícias falsas sobre a falta de eficácia das vacinas, bem como falsas informações sobre os efeitos adversos, além de fazer críticas às medidas restritivas de controle da transmissão do vírus. Ainda, o negacionismo do Governo Federal provocou atrasos na aplicação da vacina.
Diante do cenário preocupante provocado pelo Coronavírus, bem como da total inércia, desdém e falta atuação do Presidente da República, os governos estaduais precisaram agir para conter o cenário da pandemia. Assim, os governos estaduais são protagonistas de ações de combate do vírus. Diversos decretos estaduais foram proferidos para possibilitar a manutenção de medidas restritivas: toque de recolher, horários restritos para funcionamento do comércio, número máximo de pessoas em um mesmo ambiente fechado, entre outras.
Todos os estados do Brasil decretaram situação de calamidade pública, em decorrência da pandemia da Covid-19, o que permite maior flexibilidade na hora de tomar determinadas ações.
De acordo com o Observatório de Política Fiscal do FGV IBRE, 26 estados adotaram auxílio financeiro para empresas como medida para diminuir as consequências negativas da pandemia. Nesse contexto foram adotadas medidas específicas para certos setores que sofrem mais com a crise, como o turismo e a cultura, além de empresas que têm menor capacidade financeira, caso das micro, pequenas e médias, obrigatoriedade do uso de máscara de proteção, restrições de transportes, lockdown.
Além disso, 26 estados adotaram a medida de distribuição de cesta básica e/ou auxílio alimentação. Todos os 27 estados adotaram as seguintes medidas: compra de materiais de combate à Covid-19, contratação de pessoal da saúde e medidas de controle de tráfego.
Ainda de acordo com o Observatório de Política Fiscal do FGV IBRE, diversos estados também reduziram o ICMS das contas de água e luz, proibiram o corte destes serviços essenciais durante a pandemia e, em alguns casos, houve a isenção do pagamento destes serviços, principalmente por parte das famílias que estão inseridas no programa de tarifa social.
Assim, em decorrência da inatividade do Governo Federal, os Estados e Municípios assumem um papel estratégico e de extrema importância no enfrentamento da crise.
*O cientista político, jornalista e escritor Thiago de Moraes reflete em seu artigo, sobre a importância da vacinação em massa da população brasileira diante de uma epidemia que assola o mundo com o número de mortos e famílias despedaçadas que perderam seus entes queridos.
A importância da vacinação e o negacionismo que só trouxe mortes
fonte: Maria Emília Genovesi – Assessoria de imprensa e produtora cultural