20 / 06 / 22

“Sobre o amor… Por Dra. Geovana Melo, psicóloga”


“Falar de amor sempre nos convida a pensa-lo de forma romântica, está sempre associado a uma definição de pureza, incondicionalidade, infinitude, mas abordar o tema dentro da psicologia, a definição de amor fica difícil ou até mesmo impossível. Precisamos pensar nos sujeitos e nas suas singularidades, a partir inclusive de culturas diferentes que experimentam o amor diferentemente, porque o amor é algo construído socialmente, um constructo multidimensional que inclui comportamentos, sentimentos e pensamentos.

A história de cada sujeito é composta de relações que se estabelecem ao longo de sua vida. Na verdade, essas relações são percebidas ao longo do tempo, mas inicia-se muito antes da existência física de cada uma/um dos indivíduos.

O amor sempre foi um sentimento mobilizador. Ele se puder categorizá-lo num gênero, é assunto discorrido entre todos os seres humanos; toca os mais variados níveis de conhecimento.

Mesmo que não se trate de tema novo, soa atual discorrer sobre esse amor, uma vez que a falência ética do presente momento da sociedade brasileira pode levar ao que Lacan (2008, p. 35) apontou:

[…] essa verdade que procuramos numa experiência concreta não é a de uma lei superior. Se a verdade que procuramos é uma verdade libertadora, trata-se de uma verdade que vamos procurar num ponto de sonegação de nosso sujeito. É uma verdade particular.

O amor perpassa gerações e isso pode ser ilustrado desde os mitos gregos, quando da representação do amor por meio de Afrodite e Eros, filho de Ares com Afrodite. Eros era quem flechava as pessoas e as permitia se apaixonarem. Ele mesmo se apaixonou por Psique, chegando a se unir em definitivo com ela. Esse foi tema do clássico livro “O Banquete” de Platão (1991, p. 08) quando da descrição dos seres humanos como esféricos, perfeitos, ação que fez com que passassem a se reconhecer tão perfeitos, a ponto de desafiar os deuses do Olimpo. Reza a lenda que Zeus, devido à ousadia, corta-os em duas partes: a feminina e a masculina; é possível que daí venha a expressão cara-metade.

O amor poderia ser definido como um estado maravilhoso, profundo, delicado e gratificante, ainda podemos pensar, no ideal do amor, será que ele existe…

A família, seu planejamento e sua constituição são parte importante nesse processo, assim como o contexto sócio cultural, nascemos dentro de um contexto e isso fala, sobretudo, de sua constituição subjetiva, logo fala da minha forma de amar e da forma como entendo o AMOR”.


 

Elexsandro Araújo

Nasceu em maio de 1986, em Recife, no estado de Pernambuco. é Empresário, Fisioterapeuta, Especialista em Gerontologia, Diretor Clínico do Institulo de Pilates Dr. Elexsandro Araújo, Professor, Escritor, Jornalista, Colunista Social, Editor-Chefe na coluna de FRENTE com Elexsandro Araújo, Cantor. Lançou o seu primeiro CD gospel autoral em 2017: Milagres. Publicou sua autobiografia em 2019: Entre a vida e o MILAGRE. No ano de 2020 publicou sua literatura de cordel: Letras de um Pensador. Entre os anos de 2019 e 2020 recebeu quatro premiações: Prêmio Destaque Nordeste. Prêmio Colunista Social Destaque Bernardo Guedes. Prêmio Personalidade Regional. Prêmio Ímpar Pernambuco. Possui diversas publicações em revistas nacionais e internacionais.

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